22 de maio de 2013

História de universo ou Prosa de amadora

O dia-a-dia era universo. Universo em constante expansão. Foi assim durante dias, meses, anos. Bons anos. Quanto mais tempo, mais universo. Era certo o amor. Amor explícito, diziam. Dava gosto de ver.

Melhor ainda explodir!

Se reconheceram na universidade, porque já se sabiam de anos atrás, sem observância específica. Ela logo estava em limerence, antes mesmo dele a perceber, porque ele é assim um universo meio à toa.


Logo, ela queria tanto.

Entre sóis e tempestades meteóricas, os universos foram se permeando, cada qual introduzindo estrelas e constelações nos céus um do outro.  Inventaram cores estelares, compartilharam sabores constelares, criaram explosões seculares e expandiram um ao outro. É vero que, de vez em quando, a expansão parava para remendar algum buraco negro que estava desregradamente dragando. 

Do grande amor, novos universos ganharam vida. As mais lindas vidas da vida. São seus amores.

Mas de repente, grão. O dia-a-dia ora universo de cada dia, virou grão-migalha. Desprezível, incômodo.

Mas como? Impossível. Um buraco negro! Levou pra onde o meu amor, seu malvado?

Foi tirado ou matado? É claro que ele existiu. Mais que provas memórias, têm as provas história: seus maiores amores.

Por que esse cisco aqui? Cadê a coisa toda? Aquilo que não cabe nas vistas?

Às vezes,desesperadamente, tento chocar os grãos restantes pra de novo virar universo. Às vezes alimento outro universo, tão misterioso e belo; sento lá na beiradinha dele, de vez em quando, pra sonhar e às vezes até subo num banquinho pra tentar alcançar.

Que que cura dor de garganta?

Carol

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